Levedo de cerveja: fonte de vitamina B e minerais

Levedo de cerveja é especialmente usado por vegetarianos, por ser fonte de aminoácidos e traços da vitamina B12.

As leveduras são fungos, cogumelos microscópicos. O gênero Saccharomyces compreende várias espécies e uma das principais é a levedura de cerveja (Saccharomyces cerevisae). Provinda do malte, é fonte de aminoácidos, sendo por isso mais conhecida entre vegetarianos e aqueles que se alimentam de pouca proteina animal. Além de aminoácidos, o levedo de cerveja contém vitaminas do Complexo B e minerais como potássio, ferro, selênio e cromo.

O complexo B é essencial para o aporte de energia e a integridade dos sistemas nervoso e digestivo. A deficiência orgânica de vitaminas do complexo B no sistema nervoso, geralmente, manifesta-se na forma de desânimo, desantenção, falta de memória, cansaço físico e mental, estresse e irritação. No aparelho digestivo, a carência de vitaminas do complexo B altera a flora bacteriana intestinal e prejudica o adequado funcionamento intestinal.

A utilização constante de álcool, drogas e antibióticos causa deficiência das vitaminas do Complexo B. O levedo de cerveja, por ser rico em vitaminas do complexo B, também ajuda a diminuir a fadiga física e mental.

O Levedo de cerveja é comercializado na forma de um pó ou cápsula e é indicado popularmente como auxiliar na desintoxicação do organismo, para aumentar a resistência orgânica, combater a fadiga física e o estresse.

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Blog do Dr. João Curvo

Levedo de Cerveja


O levedo de cerveja é um fermento inativo resultante do processo de fermentação da cevada durante a produção de cerveja. O levedo de cerveja é uma das maiores fontes naturais de vitaminas do complexo B e de proteínas, com a vantagem de não possuir colesterol e gordura, característicos das proteínas de origem animal.
O levedo de cerveja contém alto teor de proteínas, fibras e vitaminas.

A levedura de cerveja é um alimento precioso e um remédio milenar. Já assim a considerava Hipócrates, o “Pai da Medicina”, bem como os monges das confrarias medievais, que a empregavam nas curas de muitos males, principalmente nas chagas e furunculoses.

As leveduras são fungos ascomicetos, cogumelos microscópicos, que se multiplicam ordinariamente por gemação, conformando, assim, longas fiadas de células (cada uma é um ovóide com a dimensão de 8 a 10 milésimos de milímetro), como as contas de um rosário. O género Saccharomyces compreende várias espécies, de que uma das principais é a levedura de cerveja (saccharomyces cerevisae). É, de longe, a mais apreciada e a mais rica em termos alimentares. Provindo do malte, assegura as proteínas necessárias e completas em todos os aminoácidos, sendo, por isso, ideal para os que não se alimentam de carne.


Qual a função do Levedo de Cerveja

O Levedo de Cerveja tem muitas funções no organismo, mediadas por seus componentes, que são muitas vitaminas e aminoácidos essenciais para o corpo humano.

A levedura de cerveja é rica em proteínas (45 a 50%) muito digeríveis, possuindo todos os aminoácidos indispensáveis à vida (histidina, arginina, lisina, triptofano, alanina, leucina, isoleucina, cistina, cistaína, glicina, ácido aspártico, ácido glutâmico, fenilalanina, treonina, metionina, tirosina, valina, prolina, serina, etc), glúcidos, auxonas (complexo T), vitaminas (sobretudo do grupo B) e minerais (principalmente fósforo, ferro 3, potássio, cálcio, magnésio, silício, cobre, zinco, selénio, crómio, alumínio). Possui, igualmente, em quantidades consideráveis, lípidos (5 a 20%: estearina, palmitina, ácido aracínico), lecitinas, numerosos esteróis (os principais: ergosterol 4 e zimosterol), enzimas ou diástases (zimases, invertina, maltase, fosfatases, etc).

No que concerne ao teor vitamínico, é considerada a maior e melhor fonte conhecida. Como já dissemos, é riquíssima em complexo B, fator essencial da respiração e nutrição celulares e, assim, da manutenção do equilíbrio orgânico. Vale a pena, pois, determo-nos no seu quadro de vitaminas e fatores vitamínicos:

B1 (aneurina ou tiamina) – protetora e equilibrante do sistema nervoso e de enorme importância no metabolismo dos glúcidos (registam-se 8 a 15mg por 100gr de levedura).
B2 (riboflavina ou lactoflavina) – fator de crescimento, favorece a respiração celular e regenera a flora intestinal (3,5 a 8mg).
B5 (ácido pantoténico) – de grande valia para o fígado, os epitélios, as mucosas respiratórias e digestivas (útil nas alergias). A carência produz dificuldades na atenção e na concentração mental, dores de cabeça, transtornos do sono, cãibras musculares e baixo rendimento energético geral. Ajuda a promover o crescimento e a pigmentação dos cabelos, e a cicatrização das feridas, sobretudo no campo da cirurgia (12 a 25mg, 8 vezes mais do que igual conteúdo de cereais).
B6 (adermina ou piridoxina) – fator de crescimento, estimulante muscular, favorece a formação de glóbulos vermelhos, protege a pele. Intervém na função adreno-cortical e no metabolismo do enxofre e das purinas. É antagónica à histamina, sendo, por isso, útil nas doenças alérgicas (3 a 10mg, 10 vezes mais do que em igual conteúdo de carne).
B9 (ácido fólico) – factor de crescimento e anti-anémica; nutriente do sistema nervoso. É muito necessária na gravidez (0,005 a 0,13mg, 20 vezes mais do que igual conteúdo de farelo de trigo).
B12 intervém activamente na hematopoese (formação dos glóbulos sanguíneos) (não dispomos de valores tabelares).
B15 – facilita o aporte de oxigénio a todos os tecidos. Ajuda na síntese das proteínas. Estimula o sistema imunitário. É um protector hepático e combate o colesterol (não dispomos de valores).
BX (ácido paraminobenzóico) – é importante na boa utilização das proteínas. Mantém, e em alguns casos recupera, a pigmentação capilar, bem como a elasticidade da pele. Promove a expectoração e é balsâmica nas inflamações do tracto urinário. O seu défice pode causar eczema (0,03 a 0,55mg).
PP (nicotinamida) – anti-pelagra, importante para a assimilação dos amidos e gorduras, intervém na formação do sangue e na função dos nervos (30 a 80mg, 10 a 20 vezes mais do que igual conteúdo de carne).
Biotina – protectora da pele, anti-seborreica, importante no equilíbrio do crescimento e do sistema nervoso (2 a 7,5mg).
Colina – tem acção fisiológica sobre a pressão sanguínea, como antagonista da adrenalina, e na regulação dos movimentos peristálticos do intestino. Opõe-se à sedimentação de gordura a nível hepático, sendo útil nas cirroses (0,1 a 1,2mg).
Inositol – tem papel determinante e regulador na reprodução celular, sendo anti-cancerígeno. Combate a alopecia (queda dos cabelos). Contribui para um crescimento equilibrado. Intervém na actividade lipotrópica e na motilidade intestinal (80 a 160mg).
Ergosterol (provitamina D) – está intimamente ligado com a vitamina D, auxiliando na boa fixação do cálcio e do fósforo de origem alimentar. É importantíssimo na formação dos ossos e dentes e para a manutenção das suas estruturas. Tem papel na conservação do tónus muscular e na contracção dos músculos (não dispomos de valores).
E – é fundamental na manutenção da integridade dos tecidos da reprodução (ovários, testículos), bem como da musculatura e vasculares. É anti-esterilidade e anti-abortiva (conteúdo elevado, embora não disponhamos de valores).
Complexo T – promotor do crescimento, útil na anorexia infantil, doença celíaca, osteoporose e raquitismo (não dispomos de valores).

Uma vez que a levedura de cerveja é invulgarmente rica em aminoácidos fundamentais, julgamos útil reproduzir aqui as características básicas que lhes são referentes 5:

Arginina – tem papel preponderante na libertação das hormonas de crescimento, intervindo no desenvolvimento muscular e na redução de gordura no organismo. Tem, paralelamente, uma importante acção como retentora do nitrogénio, essencial para o crescimento dos músculos.
Lisina – é igualmente útil na libertação das hormonas de crescimento e utilizada para favorecer o crescimento proporcional em crianças extremamente pequenas. Atua na produção da carnitina, a qual tem a propriedade de “queimar” as gorduras em excesso no organismo. Mostrou-se, ainda, útil na prevenção dos vírus de Herpes Zoster.
Tirosina – é um derivado do aminoácido fenilalanina. É um precursor da hormona adrenocortical, assim como da dopamina. Atua na atividade mental.
Fenilalanina – estimulante da memória e da capacidade cognitiva, bem como da funcionalidade sexual. Revelou-se útil nos tratamentos anti-depressivos. Tem efeitos analgésicos.
Histidina – tem vindo a ser utilizada no tratamento da artrite reumatóide. Igualmente, revelou resultados positivos no combate às situações alérgicas. Conjuntamente com a niacina e a piridoxina, sugere ter efeito estimulador a nível da atividade sexual.
Ácido aspártico – intervém na síntese das glicoproteínas, além de desempenhar um papel na formação de glicose (conversão de hidratos de carbono, glucose, etc). Parece, ainda, incrementar a capacidade de resistência dos atletas.
Treonina – intervém nos processos digestivos, designadamente na função intestinal e no metabolismo dos lípidos ao nível hepático.
Cisteína – é um poderoso anti-oxidante que ajuda a proteger o organismo contra as bactérias, vírus, químicos e radiações nocivos. Promove a saúde capilar e a das unhas, acelerando o seu crescimento.
Valina – intervém determinantemente na actividade mental, na coordenação dos músculos e no equilíbrio emocional.
Metionina – é fundamental para a síntese da carnitina e tem um importante papel no sistema glandular. É anti-tóxica.
Serina - é essencial no funcionamento do cérebro.
Ácido glutâmico – é o único aminoácido capaz de transpor a barreira entre o sangue e o cérebro. É geralmente utilizado nos tratamentos anti-depressivos, diminuição da memória, senilidade, esquizofrenia, alcoolismo e muitas outras desordens cerebrais (é comum referir que o ácido glutâmico é o combustível do cérebro).
Isoleucina – é interveniente no funcionamento cerebral.
• Glicina – experiências revelaram existir grande concentração de glicina na pele e tecido conjuntivo. Crê-se que seja beneficamente interveniente na regeneração destes tecidos, bem como no crescimento dos músculos.
Alanina – tem uma acção directa na redução do colesterol, particularmente quando associada com a arginina e a glicina. Contribui para a regulação dos níveis de açúcar no sangue.
Prolina – é um dos principais componentes do tecido conjuntivo que liga e suporta todos os outros tecidos *colagénio -. Ajuda a combater a flacidez associada ao envelhecimento. Intervém beneficamente nos processos de cicatrização.


Benefícios do Levedo de Cerveja

Está particularmente indicada nos casos de diabetes (devido ao alto teor em glutatião - um péptido sulfurado (composto de ácido glutâmico, cisteina e glicocola), que exerce ação preponderante em todos os fenômenos biológicos e, em particular, nas reações de oxido-redução, nos processos de desintoxicação e de resistência às infecções), furunculose, acne e demais problemas de pele, gravidez, anemias, atrasos de crescimento e desenvolvimento, afecções do sistema linfático (intoxicações e infecções), arteriosclerose, doenças artríticas e alcoolismo.

É um excelente reconstituinte e protetor do sistema nervoso. Possui ação reguladora das glândulas endócrinas, como a tiróide, o pâncreas, as supra-renais, as gônadas. É um tônico geral cardíaco e circulatório. Favorece a assimilação dos alimentos, equilibra e regenera a flora intestinal e é um notável protetor hepático (indicada nos estados pré-cirróticos e nas degenerescências adiposas do fígado). É muito adequada aos desportistas, aumentando-lhes a resistência, favorecendo o trabalho muscular e promovendo a eliminação de toxinas residuais.


Fontes de Levedo de Cerveja

Como alimento, usa-se misturada nas saladas, nas sopas, nas hortaliças estufadas, fritas ou cozidas (cerca de uma colher de sobremesa, para crianças; uma ou duas das de sopa, para adultos). Emulsionada em azeite pode barrar fatias de pão, substituindo, com vantagem, o queijo ou a manteiga. Também encontrada no farelo de cereais, na gema de ovo, no melaço de cana, e nas leguminosas secas.

Existe, à venda, levedura isenta de sódio, para as dietas sem sal. Para manter a sua integridade, não deve ser cozinhada, mas, sim, misturada nos outros alimentos, “em cru”, ou pode polvilhar-se, como se faz com o queijo ralado.


Existe uma opção comercializada em comprimidos
ou cápsulas, que também tem grande aceitação na prescrição de várias enfermidades.


Contra-indicações do uso de Levedo de Cerveja

Não foi encontrado nada na literatura que contra-indicasse o uso de levedo de cerveja.

Não é necessário alternar o uso de Levedo de Cerveja
eu uso periódicamente, e quando quero dar uma pausa, fico atenta a alimentação!!!

Não há indicações na literatura sobre a necessidade de ciclar o uso de levedo de cerveja, porém dependendo do motivo de sua utilização, existe uma posologia diferente para cada situação.

Site: Saúde na Rede

Vegetarianismo !

Ser vegetariano, do ponto de vista nutricional, significa apenas não se alimentar de carnes de nenhum tipo.

A dieta vegetariana, quando bem planejada, é segura para todas as fases da vida: infância, idade adulta, senilidade, gestação e amamentação.

Se o planejamento nutricional é adequado, como deve ser para qualquer tipo de dieta, não há nenhuma limitação à prática de qualquer atividade física.

Os principais nutrientes que necessitam ser enfatizados na dieta vegetariana são: vitamina B12, vitamina B2, cálcio, zinco, ferro e gorduras do tipo ômega-3. A quantidade das demais vitaminas e minerais ingeridas por um vegetariano é muito maior do que a de uma pessoa que come carne em diversos estudos.

A questão da proteína é um mito. Os estudos científicos demonstram que ao atingir a necessidade energética diária, com alimentos de origem vegetal (principalmente grãos), todos os aminoácidos essenciais são supridos.

O único nutriente que necessita de suplementação é a vitamina B12. Essa suplementação deve ser realizada para crianças, gestantes e mulheres amamentando que não fazem uso diário de ovos e lácteos e para os que excluem todos os derivados animais da dieta (ovos e lácteos).
Todos os outros nutrientes podem ser perfeitamente obtidos na dieta sem suplementação.

Os benefícios à saúde ao se adotar a dieta vegetariana são muitos (leia o folheto "o vegetarianismo e a sua saúde"). Todas as patologias estudadas com relação ao vegetarianismo mostram resultados positivos. A incidência de diversas patologias é acentuadamente reduzida em vegetarianos.

Podemos tranqüilamente falar em prevenção de doenças e auxílio ao tratamento com a dieta vegetariana.
No entanto, a Sociedade Vegetariana Brasileira, não corrobora a alegação de que a dieta vegetariana cura doenças. Não existem estudos científicos até o momento que comprovem tal fato.

Ser vegetariano não é apenas uma opção alimentar.
Ser vegetariano é uma atitude alimentar.

Informe-se!



O que é ser vegetariano?*

Ser vegetariano, do ponto de vista nutricional, significa apenas não se alimentar de carnes de qualquer tipo (vaca, frango, peixe, carneiro, avestruz, escargô, frutos do mar...) e nem de produtos que contenham esses alimentos.

O vegetariano não come nada que fuja, esboce reação de fuga ou sofrimento quando está vivo.

Se uma pessoa come algum tipo de carne, mesmo que ocasionalmente, ela não é vegetariana.

Podemos utilizar a definição de semivegetariano para quem é predominantemente vegetariano, ou utiliza carne ocasionalmente (menos de 3 refeições por semana).

Atenção: vegetariano não vive de verduras e legumes. Esses alimentos fazem parte da alimentação, mas não são a base da dieta vegetariana.

Departamento de Medicina e Nutrição da Sociedade Vegetariana Brasileira - nutricao@svb.org.br